Análise: Remo em lua de mel; Paysandu em inferno astral.

Paysandu e Remo vivem momentos bem diferentes neste retorno do futebol. Antes da paralisação pela pandemia do novo coronavírus, o Paysandu era líder do estadual e classificado com uma rodada de antecedência para a semifinal, vitória no clássico e apenas uma derrota no ano.
O Remo vinha de uma eliminação vergonhosa na Copa do Brasil por 5×1 pelo Brusque-SC, o que culminou na demissão do treinador Rafael Jacques e na contratação de Mazola Jr.
O futebol voltou no dia 01 de agosto e as coisas se inverteram. O Remo venceu seus dois primeiros jogos na Série C e garantiu vantagem contra o Castanhal pela semifinal do Parazão.
O Paysandu conquistou apenas um ponto em seis disputados pela Série C, além de perder o jogo de ida da semifinal para o Paragominas por 3×2.
O que vem tirando o sono do torcedor bicolor é a nova forma do time comandado por Hélio dos Anjos de jogar.
Com a linha de defesa alta, e com mais participação do goleiro Gabriel Leite na iniciação das jogadas, o time que antes era muito forte no setor defensivo, levava pouco gols e havia perdido apenas duas partidas, começou a levar muitos gols da mesma maneira e a perder jogos.
Já no Remo, Mazola Jr. encontrou uma maneira sólida de jogar que vem conseguindo resultados: São 5 jogos e 5 vitórias. Com o meio-campo mais preenchido, Eduardo Ramos e apenas um atacante, a equipe consegue ser forte atrás e objetiva na frente.
A semana é de decisão. Na quarta-feira (19) o Paysandu precisa vencer o Paragominas por dois gols pra classificar direto para a final do Parazão e no sábado enfrenta o Treze-PB pela Série C.
Os azulinos enfrentam o Castanhal na quinta-feira (20) e podem até empatar. Na segunda (24) enfrentará o Imperatriz-MA, que sofre com casos de covid no elenco e ainda não estreou na Série C.
No futebol Brasileiro só existe um jeito do treinador ter sossego para trabalhar: Vitórias. E Hélio dos Anjos precisa classificar o Paysandu para a final do Parazão e vencer o Treze-PB pela Série C. Caso contrário, sua permanência a frente do elenco bicolor ficará insustentável e seu destino poderá ser o mesmo de Rafael Jacques.